terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Velha Cantina

Quando a pizza não mais alimenta.

A velha Nona cozinha em seu local mais precioso. Prepara a massa aos olhares atenciosos de olivais. Trigo ovos e leite completam o ambiente. Em sua cozinha Nona é toda poderosa. Um aroma delicioso inunda o ar, o vinho já foi posto a mesa o pão é repartido junto ao queijo. Musica é o tempero que faz a massa, a pasta a vida.

Não é uma cantina como outra qualquer esta é decididamente especial. É colorida alegre, mas não se encontra no velho mundo não esta em redutos imigrantes e nem mesmo é italiana.

A especialidade? Pizza é claro! E não qualquer uma, a melhor. A mais cara que as mãos humanas podem fazer a mais deliciosa cujo tempero é o mais equilibrado entre sabor e textura. Não é muito fina nem muito grossa nunca queima. E o queijo... Ah o queijo está sempre derretido suculento e saboroso!

Esta cantina é tão especial e a pizza que servem de tão única e deliciosa que apenas alguns poucos mortais se dão ao luxo de apreciá-la. Todos nós sabemos onde se encontra seu endereço não é segredo a ninguém. Se você estiver no plano piloto olhe para o leste dos dois lados estarão prédios simetricamente construídos. Ordenados e progressivos perfeitamente enfileirados como caixinhas de fósforos prontas a caírem sobre as outras como nas brincadeiras com dominós. No centro adiante fica cantina. Um prédio alto como que querendo atingir os céus com duas cuias que é o que usam para servir as pizzas, não tem como errar!

De vez em quando aparecem aqueles dos quais dizemos: Estes tais suportarão! Jamais provarão quanto mais se fartarão da iguaria na Cantina servida sempre quente e sempre abundante. Erramos sempre! As mesas se sentam e dela se fartam. Ficamos nós arrependidos da crença depositada em tais mortais como se fossem deuses.

Na cozinha a Nona sempre cozinha, enquanto esfomeados se amontoam disputando Vossas Excelências as garfadas da iguaria.

Este ano João, sirva outra coisa. Este ano Maria emborque as cuias queime os pães jogue fora o vinho que bebes e te embriagas e que te turva os olhos e te faz teclar na urna os nomes dos glutões.

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