quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Samba Enredo UNIÃO DA ILHA 2012




 “De Londres ao Rio: Era uma vez uma…Ilha”
Uma história vou contar
Tem lendas, mitos e magias
Era uma ilha…onde um povo valente vivia
E um grande império conquistou
Virou cidade das realezas
O reino unido e seus heróis
“Peguem as armas” diz a voz
De um santo guerreiro,
Os bravos vão lutar, cruzar fronteiras
Com sua fé estampada na bandeira


Vou botar molho inglês na feijoada
Misturar chá com cachaça
"Ser ou não ser, eis a questão! "
Tem choro e riso nesse palco de ilusão

Vão dominar o mar e grandes tesouros
Guiados pelos olhos da ciência
Lindos contos vão brotar…
A luz do cinema é a arte a brilhar
Olha, bicho, paz e amor suingou
Batuquei meu samba com rock n´rool
Na minha terra tem o reino da folia
Futebol que contagia… É gol!
É a vitória, um momento divinal
Acendo a chama pela paz universal

A minha Ilha é ouro é prata
Tem o bronze da mulata
Canta, meu Rio, em verso e prosa
Com a cidade ainda mais maravilhosa


Compositores: Marquinhos do Banjo, Alberto Varjão, Eduardo, Alan das Candongas e Márcio André Filho, Carlinhos Fuzil, Fabiano Fernandes, Aloisio Villar, Cadinho e Roger Linhares

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sou filho do fulano...

    Algumas pessoas me perguntam de onde eu tiro inspiração para as histórias que escrevo.
Da vida, onde mais há tanta riqueza?

Pelas ruas da vida dou de frente a uma conversa. Não pense o pior de mim, foi uma dessas situações imprevisíveis em que me encontrei sem poder sair.

Não se preocupe, qualquer semelhança com algo real será mera coincidência...ou não.

Alguém resolve fazer uma visita surpresa na repartição, ver os amigos antigos.

Eu estive aqui anos atrás, disse o rapaz bem vestido ao ser recebido.
Mudou muito tudo por aqui, respondeu o sujeito que o recebeu.
Você, quem é? Dúvida do recém chegado. Sou filho do fulano...
O visitante balançou a cabeça sem entender a resposta.

Não é como faz o povo do interior diante dessa pergunta. Num lugar onde as raízes são profundas e os relacionamentos são antigos as famílias se reconhecem pelo parentesco. Eu mesmo em minha cidade natal não sou o Leonardo, lá sou o neto do 'Seu Ezequias'

Esse não era o caso no episódio acima. Ao dizer: "sou filho do cara", o que ele fez foi buscar uma identidade ausente nele mesmo mas presente no pai.para parecer importante aos olhos da pessoa bem vestida a sua frente, mas ser 'ninguém' incomoda

Na era da fama instantânea o anonimato é uma maldição enquanto construir a própria identidade dá trabalho.
Como na obra do Bem Amado alguém se dirige ao Zeca Diabo e diz;

Companheiro!
Não me chame de companheiro, me chame de capitão disse o jagunço
Mas companheiro quer dizer que somos todos iguais, argumentou o outro
E capitão quer dizer que não.

Então...entre famosos e anônimos celebro todo aquele que sabe sua identidade e o mais importante, sabe o que fazer com ela.