domingo, 16 de janeiro de 2011

Tragédias que se Repetem

Fim de 2008, início de 2009, tragédia em Santa Catarina.
Fim de 2009, início de 2010, tragédia no Rio de Janeiro. Não bastava um episódio tão doloroso?
Não teria sido possível evitar as proporções terríveis do segundo?
O mais dramático nesses e em tantos outros casos é a repetição. Sugere inércia e uma irresponsabilidade insuportável que, passado o impacto inicial de vidas perdidas e a devastação de patrimônios tão duramente conquistados, retoma a rotina. E o discurso de que foi o excesso de chuvas a razão do desastre.
Áreas frágeis e não recomendadas para habitação continuam a ser ocupadas. Medidas preventivas permanecem sendo tomadas de maneira paliativa, com pouca verba, empenho e prioridade. Há iniciativas como o estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre as vulnerabilidades do litoral do Estado às mudanças climáticas, mas sem consequências práticas.
As pessoas atingidas continuam a depender quase que unicamente do heroísmo de bombeiros, de grupos de defesa civil, de voluntários que, não raro, aparecem nos noticiários impotentes diante da desproporção entre suas forças e a enormidade da perda e da dor.
Não sei o que se pode dizer aos familiares e amigos das vítimas das chuvas e deslizamentos, mais do que foi dito às vítimas de Santa Catarina. As catástrofes causadas pelo mortífero tripé -chuvas fortes, encostas instáveis e construção em áreas inadequadas- só mudam de lugar. O que parece não acontecer é uma intervenção no único vetor do qual temos controle: o uso e ocupação das áreas.
Sei por experiência própria o que é a perda radical, como a que acontece quando uma correnteza avassaladora invade a casa, leva as pessoas e desmonta o nosso mundo. Não há nada a fazer, a não ser tentar salvar-se e a quem esteja ao alcance da mão. Tudo tão brutal que muitas vezes nem as lágrimas acodem.
John Owen (1616-1683), pastor e teólogo, dizia que os pregadores precisam "experimentar o poder da verdade que pregam em e sobre suas próprias almas". Quem não sente a alma incomodada pelo calvário daqueles que são atingidos de maneira frontal -e, na maioria das vezes, evitável- pelos fenômenos naturais não tem sensibilidade suficiente para mitigá-lo.
Não é justo, não é aceitável que a cada ano mais pessoas passem por tal experiência limite, quando se sabe que é possível fazer mais.
A melhor homenagem às vítimas é lutar para construir e instituir, até porque a tendência é aumentar a ocorrência dos fenômenos climáticos que agravarão ainda mais esse tipo de catástrofe, o que já deveria ser um pleno e efetivo direito da sociedade: a segurança ambiental.
(Transcrito da Folha de S. Paulo de 4 de janeiro de 2010)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Enxurrada Rubro negra

A muito que as negociações entre clubes não chegavam aos absurdos da recém encerrada novela Ronaldinho Vai pra Onde? Uma olhada superficial pode dar a errada impressão de enaltecimento do futebol carioca, pois a final, uma grande estrela internacional aterrissa na Gávea. Ou pode mostrar o 'poder de fogo' carioca para contratar pagando grandes salários. Não a toa uma enxurrada rubro negra tomou o Rio nestes dias. Param por aí as superficialidades. A vida real é outra.
Segundo jornalistas especializados e pessoas ligadas ao mundo do futebol, o salário do dentuço pode chegar a um milhão e meio por mês. Levou um susto? E eu que já fiquei indignado com os 62% de aumento dos parlamentares? Há algo errado ou está tudo bem um ser humano levar uma bolada assim pra jogar bola? 
Ou nós nos anestesiamos ou realmente achamos que não há nada de mais nisso. Ao meu ver os salários das super estrelas do futebol e outros esportes já estão super valorizados a tempos, mas o pior não é isso. É ter de assistir na mesma edição do JN a enxurrada que levou as vidas de mais de 500 pessoas na região serrana. Onde está a multidão a protestar? Onde estão os milhares a cobrar das autoridades a responsabilidade devida? Ninguém podia, estavam todos comemorando a chegada do Ronaldinho.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nova Friburgo Devastada - Tragédia Anunciada

"A fúria da natureza existe. Só não é maior do que a incompetência e descaso de nossos governantes e políticos"
                                                                                                              Desconhecido

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PepsiCo Reposiciona sua marca


Mar 25th 2010 | NEW YORK | From The Economist
Taking the challenge – The giant drinks-and-snacks firm attempts to wean itself off sugar, salt and fat
COCA-COLA once famously defined its market as “throat share”, meaning its stake in the entire liquid intake of all humanity. Not to be outdone, Indra Nooyi, the boss of Coke’s arch-rival, PepsiCo, wants her firm to be “seen as one of the defining companies of the first half of the 21st century”, a “model of how to conduct business in the modern world.” More specifically, she argues that Pepsi, which makes crisps (potato chips) and other fatty, salty snacks as well as sugary drinks, should be part of the solution, not the cause, of “one of the world’s biggest public-health challenges, a challenge fundamentally linked to our industry: obesity.”
To that end, on March 22nd she unveiled a series of targets to improve the healthiness of Pepsi’s wares. By 2015 the firm aims to reduce the salt in some of its biggest brands by 25%; by 2020, it hopes to reduce the amount of added sugar in its drinks by 25% and the amount of saturated fat in certain snacks by 15%. Pepsi also recently announced that it would be removing all its sugary drinks from schools around the world by 2012. Read more