domingo, 31 de outubro de 2010

Segundo turno - Amarildo

Pois é! Duas charges seguidas, os que detestam as repetições que me perdoem, mas só satirizando!
É rir para não chorar. Resta a esperança que a nossa imatura democracia um dia, cresça.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Felicidade

Um contra censo

Quando Platão escreveu A República deixou marcado no consciente grego que felicidade era uma combinação das escolhas feitas no mundo natural somado a influência das idéias. Algo além do físico guiado pelo ‘daimon’ o homem encontraria seu destino. De certo ficou que esse conceito marcaria a definição da própria palavra felicidade: ‘eudaimonia’. Ou seja, Eu + Bom + Gênio. Entende-se então que para os gregos felicidade é o resultado de se viver sob a influência de um bom gênio, o mundo das idéias.

A migração da vida rural para a sociedade de consumo industrial viria a inferir drasticamente no ideal grego de felicidade, pois nesta fase da história o ‘Bom’ foi entendido como consumo. É importante destacar que o ideal moderno de consumo não se pauta na qualidade do que se consome, mas na ação de consumir, seja o que for. Se há escolhas a serem feitas elas se referem ao produto e não à vida, como era para os gregos. De fato a influência do mundo das idéias também foi substituída. O ‘gênio’ ou guia extra físico passou a ser o sentimento ou os sentimentos envolvidos no ato do consumo ou aquilo que se sente em não poder consumir o que se deseja.

Essa trajetória humanista traduziu em felicidade algo em constante mutação, pois o próprio produto alvo do estado de felicidade se tornou abstrato. O ‘bem estar’ se tornou o alvo, o ápice da busca pela vida feliz. Com o fim da guerra fria e o desencadear da nova economia somou-se a isso a busca pelo censo de auto realização, um pseudo hedonismo uma hidra de intenções metafísicas, mas de corpo humanista secularizado. Neste ponto ser feliz significa encontrar o amor, mesmo que seja sexo. Significa a auto realização, mas sem esforço e com o maior ganho possível. Significa fazer apenas o que se gosta, mas sem as chatices do ‘mundo natural’. O guia desta vida deixou de ser algo além da própria existência para ser o ‘Eu’.

É importante dizer que a religião também deixou sua contribuição na formação da idéia atual de felicidade. O processo primeiro de estatização da religião e mais tarde de privatização somado ao relativismo cultural miscigenou e nivelou ‘por baixo’ a religião que hoje está aí. Toma-se por base a animização institucional cujo símbolo é o ‘Eu’. De novo encontramos o pseudo hedonismo, mas agora travestido de religioso. Ou seja, deus é servo do ‘bem estar’ e o consumo seu sacerdote.

Devo dizer que quem está certo é o Linkin Park: “I become so numb (...)”. Felicidade se tornou esse anestesiamento da alma. Um entorpecente pandêmico que já atingiu níveis além do alarmante. Devemos urgentemente reorganizar nossas almas, mas não poderemos fazer isso sozinhos, pois os gregos já nos indicavam o caminho correto. São as nossas escolhas guiadas por algo além da matéria que trará significado ao destino do homem.

                                                               Wiki

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pensando que a tolerância que desejo não é papo de botequim, não é futebol de domingo e nem uma cruzada pela hegemonia institucional. É coexistência.

sábado, 16 de outubro de 2010

Baden Powell - tristeza

José Serra distribui santinhos evangélicos

De olho no eleitorado evangélico e católico o presidenciável José Serra deu uma de "evangelista" ao distribuir na última sexta feira folhetos que lembram os usados pelos evangélicos em eventos religiosos.
O candidato, que não é santo, nem beato não está em busca de reconhecimento sacro alá 'José Evangelista'. Essa não é uma campanha Gospel, ninguém se converteu a fé alguma, trata-se de uma luta épica que está sendo travada na corrida presidencial em busca dos votos de Marina no primeiro turno. A bizarrice chegou pra valer.
Não sou profeta, mas tenho de dizer: Coisa pior vem por aí!

Veja mais na reportagem do Estadão



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Charge do Néo

É difícil fabricar caudilhos


Quais camadas subterrâneas estão se mexendo? Os nossos sensores profissionais de sismos eleitorais fazem diversas apostas e especulações: para uns, é o aborto, essa discussão medieval e obscurantista que agride a racionalidade e o iluminismo do Estado laico; para outros, trata-se da repercussão das travessuras de dona Erenice e sua destrambelhada família nas salas contíguas à Casa Civil; para outros ainda, é uma espécie de puxão de orelhas na soberba presidencial, uma maneira de lembrar ao “cara” que quem dá o poder também pode tirá-lo, ou um simples alerta para que desça um pouco das tamancas e pare de esbravejar e de se considerar o fundador do País.

Cada um dos explicadores oficiais escolhe a sua tese predileta, para fundamentar a escolha que mais lhe apetece, ou para corroborar os pré-julgamentos publicados ao longo da campanha ou para acomodar mal disfarçadas simpatias partidárias.

O fato é que as pesquisas mostram que a coisa não está correndo de acordo com o figurino que já estava desenhado, consagrado e estabelecido.Uma semana antes do primeiro turno das eleições, era difícil encontrar um comentador que já não desse a partida por liquidada e não tentasse demonstrar a sua sagacidade sacando sobre o futuro, antecipando composições e ministérios, acomodação de tendências, lutas internas pela divisão de poder, jogos de influência, essas coisas comuns que tanto atormentam as falanges vencedoras.

Os institutos de pesquisas, uns mais vitaminados, outros menos, induziram todos ao erro, porque não conseguiram passar da superfície e captar os movimentos das camadas subterrâneas onde se escondiam as verdadeiras intenções do eleitor.Para o jogo do segundo turno, aparentemente eles se cercaram de maiores cautelas e tentarão fazer um esforço desesperado para salvar a sua reputação, que está valendo pouco mais de dois vinténs.

A duas semanas das eleições não há nada decidido.Os próximos dias prometem fortes emoções.Dilma pode recuperar o fôlego perdido e retomar as rédeas da disputa ou Serra pode virar o jogo.


Várias lições ficam: a mais óbvia delas é que a credibilidade dos institutos de pesquisa está abalada, alguns por fragilidade metodológica,outros por fragilidade ética- ou por ambas. Outra lição é a de que o cosmopolitismo,o modernismo e o laicismo das camadas “modernas ‘ da classe média urbanizada tem o contraponto geralmente não detectado e desprezado de uma religiosidade ainda viva e pulsante- para o bem e para o mal- nas camadas mais pobres da população, o que significa que alguns valores continuam se sobrepondo,ou no mínimo se igualando, a um prato de comida doado pelas bolsas do governo ou à facilidade de um carnê das Casas Bahia. E, por fim, a constatação de que ainda existe quem dê importância à ética no trato da coisa pública.

Os explicadores de Brasil terão todo o período pós-eleitoral para estudar porque está cada vez mais difícil fabricar caudilhos e impô-los ao povo.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez.. E.mail: svaia@uol.com.br

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Deus na campanha

Nelito Fernandes - Repórter da sucursal Rio de ÉPOCA

- Eu achei que o senhor tinha desistido da terapia. Há quanto tempo você não deita nesse divã? É praticamente um milagre você aparecer.

- Em primeiro lugar, mais respeito. Você não. Senhor e com S maíusculo. E esse seu trocadilho com milagre explica o meu sumiço. Eu já estou de saco cheio desses trocadilhos divinos toda vez que eu aparecço. Então me poupe.

- E o que traz o senhor com s maíusculo aqui então?

- Estão usando meu nome na campanha. Imagina isso: meu nome na boca de políticos!

- Entendo...

- Sem contar que eles chamam aquele papelzinho de campanha de "santinho". Devia ser capetinha, isso sim. Me transformar em cabo eleitoral é o fim da picada.

- Entendo..

- Com tanta coisa pra me preocupar eu agora ainda tenho que me meter em eleição no Brasil? Olha, se eu me distraio um segundo, o Armadinejah faz a bomba.

- Entendo...

- É pra isso que você recebe, pra ficar dizendo "entendo" toda hora? Tenha santa paciência.

- Agora o senhor é que está fazendo.

- O que?

- Trocadilhos santos.

- Mas que diabo. Vou esclarecer uma coisa: eu não tenho candidato. Eles se esquecem que eu tudo ouço e tudo vejo? Então é impossível para mim ter um candidato. Além disso, na minha idade o voto não é mais obrigatório...

- Mas então não tem esperança pra gente? Nenhum presta? Não é possível que não vá aparecer ninguém pra dar um jeito nisso tudo.

- Meu amigo, o último que eu mandei vocês penduraram na cruz. Agora se virem....

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Greve dos bancários

Imagem da Semana II


Funcionário retira cartazes de greve em agência do Rio / Foto de Pedro Kirilos.

O sindicalismo iniciado no séc. XVIII de forma nobre com as sociedades de ajuda mútua, vê o movimento se limitar as pressões por salários. Sem a nobreza de antes, as greves de hoje dificultam ainda mais a vida de milhares de pessoas que já pagam pelos serviços como os dos bancos e que pagarão ainda mais agora, na forma de juros e multas em contas atrasadas.

Resgate no Chile

Imagem da Semana

O Presidente do Chile, Sebastian Piñera recebe o primeiro mineiro Florêncio Ávalos

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Frase do Dia

'Minha grande ambição é nunca me tornar obsoleto, sempre tentar inovar, me reinventar.'

Tiago Leifert - Editor Chefe e apresentador do Globo Esporte SP

domingo, 10 de outubro de 2010

Deu em Época

Como o debate sobre Deus e o aborto interfere no segundo turno das eleições – e pode inaugurar uma nova fase na política brasileira

A religião não é um tema estranho às campanhas políticas no Brasil. A cada par de eleições, o assunto emerge da vida privada e chega aos debates eleitorais em favor de um ou outro candidato, contra ou a favor de determinado partido. Em 1985, o então senador Fernando Henrique Cardoso perdeu uma eleição para prefeito de São Paulo depois de um debate na televisão em que não respondeu com clareza quando lhe perguntaram se acreditava em Deus. Seu adversário, Jânio Quadros, reverteu a seu favor uma eleição que parecia perdida. Quatro anos depois, na campanha presidencial que opôs Fernando Collor de Mello a Lula no segundo turno, a ligação do PT com a Igreja Católica, somada a seu discurso de cores socialistas, fez com que as lideranças evangélicas passassem a recomendar o voto em Collor – que, como todos sabem, acabou vencendo a eleição.

Esses dois episódios bastariam para deixar escaldado qualquer candidato a um cargo majoritário no país. Diante de questões como a fé em Deus, a posição diante da legalização do aborto ou a eutanásia, ou o casamento gay, o candidato precisa se preparar não apenas para dizer o que pensa e o que fará em relação ao assunto se eleito – mas também para o efeito que suas palavras podem ter diante dos eleitores religiosos. Menosprezar esse efeito foi um dos erros cometidos pela campanha da candidata Dilma Rousseff, do PT. Nos últimos dias antes da eleição, grupos de católicos e evangélicos se mobilizaram contra sua candidatura por causa de várias declarações dela em defesa da legalização do aborto. Numa sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, em 2007, Dilma dissera: “Olha, eu acho que tem de haver a descriminalização do aborto”. Em 2009, questionada sobre o tema em entrevista à revista Marie Claire, ela afirmou: “Abortar não é fácil pra mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização. O aborto é uma questão de saúde pública”. Finalmente, em sua primeira entrevista como candidata, concedida a ÉPOCA em fevereiro passado, Dilma disse: “Sou a favor de que haja uma política que trate o aborto como uma questão de saúde pública. As mulheres que não têm acesso a uma clínica particular e moram na periferia tomam uma porção de chá, usam aquelas agulhas de tricô, se submetem a uma violência inimaginável. Por isso, sou a favor de uma política de saúde pública para o aborto”.

Tais declarações forneceram munição para uma campanha contra Dilma que começou nas igrejas, agigantou-se na internet e emergiu nos jornais e na televisão às vésperas do primeiro turno. Foi como se um imperceptível rio de opinião subterrâneo se movesse contra Dilma. Esse rio tirou milhões de votos dela e os lançou na praia de Marina Silva, a candidata evangélica do PV. Segundo pesquisas feitas pela campanha de Marina, aqueles que desistiram de votar em Dilma na reta final do primeiro turno – sobretudo evangélicos – equivaleriam a 1% dos votos válidos. Embora pequeno, foi um porcentual que ajudou a empurrar a eleição para o segundo turno, entre Dilma e o candidato José Serra, do PSDB. Mais que isso, a discussão sobre a fé e o aborto se tornou um dos temas centrais na campanha eleitoral.

A polêmica religiosa deu à oposição a oportunidade de tomar a iniciativa na campanha política, pôs Dilma e o PT na defensiva e redefiniu o segundo turno. Na sexta-feira, quando foram ao ar as primeiras peças de propaganda eleitoral gratuita, o uso da carta religiosa ficou claro. Dilma agradeceu a Deus, se declarou “a favor da vida” e disse que é vítima de uma “campanha de calúnias”, como ocorreu com Lula no passado. O programa mencionou a existência de “uma corrente do mal na internet” contra ela. Serra se apresentou como temente a Deus, defensor da vida e inimigo do aborto (apesar de seu partido, o PSDB, ter apresentado nos anos 90 um projeto de legalização do aborto no Senado). Pôs seis grávidas em cena e prometeu programas federais para “cuidar dos bebês mesmo antes que eles nasçam”.

Agora, atônito, o mundo político discute que tipo de efeito a discussão sobre valores religiosos terá sobre a votação de 31 de outubro. E como ela afetará o Brasil no futuro. Tradicionalmente, o cenário político brasileiro tem sido dominado por temas de fundo econômico – como inflação, desemprego, previdência e salário mínimo – ou social – como pobreza, segurança, educação e saúde. Mas a elevação do padrão de vida dos pobres e a superação das necessidades elementares de sobrevivência podem ter começado a abrir espaço para aquilo que, em democracias mais maduras, é conhecido como “agenda de valores”. Ela reúne temas como fé, aborto, eutanásia, ensino religioso, casamento entre homossexuais ou pesquisas com manipulação genética. “Ninguém mais vai se eleger para um cargo executivo facilmente com um programa que prevê a legalização do aborto”, afirma Ary Oro, estudioso de religião e política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “É impossível ignorar a força numérica, demográfica e eleitoral da religião.”

Ivan Martins e Leonel Rocha. Com Kátia Melo, Martha Mendonça, Nelito Fernandes, José Alberto Bombig e Guilherme Evelin




sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Charge

Amarildo - http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Deu na Folha de São Paulo

Ajoelha e reza

Mônica Bergamo

O PSDB prepara um grande "happening" para o dia 12 de outubro, quando o presidenciável José Serra deve participar, com o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), da missa no santuário de Aparecida, no Vale do Paraíba, em SP.

O tucano deve martelar na tecla religiosa e na pregação antiaborto que adotou recentemente.

O evento, que comemora o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, reuniu 43 mil pessoas no ano passado e costuma ter ampla cobertura da mídia.

A "atração" da missa já está sendo anunciada pela arquidiocese local.

O arcebispo Dom Raymundo Damasceno tem dito que "apenas políticos da região" devem participar dela, além dos tucanos Alckmin e Serra -que venceu na cidade com 47% dos votos, contra 28% de Dilma Rousseff (PT) e 23% de Marina Silva (PV).

A "programação santa" de Serra no dia 12 já chegou ao comando da campanha do PT.

E causou preocupação.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Um dia você aprende...

Poema


Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo, você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você
precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que leva anos para se construir confiança e apenas um segundo para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você fez na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam.

Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que leva muito tempo para tornar-se a pessoa que quer, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajuda a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobre que, se porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame,não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida.

Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.


                                              Willian Shakespeare.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Frase do Dia

"Nós somos a opinião pública"
                                     Lula em um confronto pessoal com a imprensa

Se Serra fosse menos Serra e mais Marina...

Blog do Noblat

Lula ficou rouco de tanto garantir a vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno.

Na véspera da eleição, o Vox Populi conferiu a Dilma seis pontos percentuais a mais do que a soma dos votos dos seus adversários. O Datafolha e o Ibope cravaram que a eleição estava empatada. Na pesquisa boca de urna, o Ibope deu dois pontos a mais para Dilma.

Com 96% das urnas apuradas, Dilma reunia 46% dos votos válidos, José Serra 33% e Marina Silva, 20%.

Lula errou feio. Os institutos de pesquisa foram incapazes de antecipar o tamanho que ganharia a “onda verde”. Não enxergaram também que Serra crescera na reta final da campanha.

Segundo turno não é uma segunda eleição. Quem votou em Dilma, por exemplo, não tem motivos para votar em Serra no segundo turno. A recíproca também é verdadeira.

São raros os casos de candidatos que chegam atrás no primeiro turno e na frente no segundo. É natural, pois, que Dilma continue como favorita para suceder Lula.

O apoio de Marina será disputado no tapa por Serra e Dilma. O PV está mais inclinado a apoiar Serra. Mas de que valerá o apoio dele se Marina preferir apoiar Dilma ou ninguém?

O PV é um partido cartorial. Que cede sua legenda sem cobrar em troca o mínimo de fidelidade aos seus princípios.

Marina sabe o que quer para apoiar Dilma ou Serra: o compromisso de um deles com uma espécie de programa de governo que em breve lhe será apresentado. O programa deverá condensar os principais pontos do discurso que rendeu a Marina quase 20 milhões de votos.

Ciro Gomes (PSB) está se roendo de inveja...

Mesmo que Marina apóie Serra ou Dilma isso não será nenhuma garantia de transferência automática de votos. Longe disso.

Lula só existe um. Nenhum presidente da República jamais transferiu tantos votos para seu candidato. E Marina nada tem a ver com o tipo de chefe político que manda e que é obedecido.

Pelo menos três tipos de voto se juntaram para favorecer Dilma – e eles não se extinguem por encanto.

O primeiro voto: o que emana do bolso do eleitor. Esse voto é importante, mas não é o mais importante. Ele, sozinho, não garantiria para Dilma a vaga de Lula. É o voto dos satisfeitos com o aumento do seu nível de renda.

Serra tentou conquistar parte do voto do bolso acenando com o 13º salário para os que recebem o Bolsa Família, um salário mínimo maior do que o anunciado pelo governo, e um reajuste de 10% para os aposentados. Tais promessas foram insuficientes para catapultá-lo nas pesquisas. E por quê? Por causa dos outros dois votos.

O segundo voto que beneficiou Dilma: o do coração que bate forte por Lula. Pois é. Antes temido, depois tolerado, Lula caiu no gosto dos brasileiros de todas as faixas de renda e de escolaridade. Foi isso o que o salvou dos efeitos perversos dos escândalos que abalaram seu governo – e não foram poucos.

Lula fez do combate à corrupção um dos motes de sua campanha em 2002. A corrupção pregou-lhe boas peças. Não é injusto afirmar que ele conviveu com corruptos porque quis, fingiu não ver o que armavam e empenhou-se em livrar a cara de muitos deles. Mas seus antecessores não agiram assim? – se indagam os de bom coração.

O terceiro tipo de voto que empurrou Dilma para o alto: o racional. Os titulares desse voto não acreditavam que um ex-operário, inteligente, mas inculto, acabasse dando certo como presidente.

O voto racional é um reconhecimento de que Lula e a sua turma governaram melhor do que a turma do PSDB. Então por que trocar de turma?

Lula deu-se ao luxo de escolher para sucedê-lo quem não seria eleita nem síndica de prédio porque identificou com bastante antecedência os fatores destinados a selar a sorte das eleições deste ano – no primeiro ou no segundo turno. E também porque soube agir em perfeita consonância com eles, mandando às favas interesses alheios.

A segunda seção estadual mais importante do PT, a mineira, poderia ter emplacado o substituto de Aécio Neves no governo se não tivesse sido constrangida a apoiar a candidatura de Hélio Costa, do PMDB? E daí?

O PT de Santa Catarina perdeu o fôlego depois que Lula apareceu por lá pregando a “extirpação” do DEM? Raimundo Colombo, do DEM, é o novo governador do Estado? E daí?

Nas mãos de Dilma, Lula entregou o destino do seu povo. Afinal, o coração dela é maior do que a distância entre o Oiapoque e o Chuí, como cantou um dos seus jingles de campanha.

A receita deu certo, convenhamos. Faltou pouco para que Dilma se elegesse no primeiro turno.

No segundo, para que a receita desande, precisaria que Serra fosse menos Serra e mais Marina.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O Funeral das Desculpas

A arte imita a vida

Demorou algum tempo para acreditar, parecia mentira, relutava consigo mesmo e sua consciência. Era um duelo interior, ninguém percebia, mas ela estava lá, sempre vinha atormentá-lo e neutralizava-o: A desculpa.

No começo não era tão importante assim, a sua relação com ela era superficial, sem menores prejuízos. Depois foi crescendo, crescendo, até que começou a dominar cada canto, cada espaço de sua mente. Já não sabia mais o que dizer, até que tentou uma saída: entregava desculpas para os outros, muitas delas, farta distribuição de desculpas, como se momentaneamente aliviasse sua cabeça. Não deu certo!

Decidiu um plano fatal: A desculpa vai morrer! Mas como? Pensava em seu coração, “vou asfixiá-la com a VERDADE.” Certa noite ao chegar em casa, fechou a cortina, foi para o seu quarto, trancou a porta e dobrando os joelhos disse: “Desculpa, hoje você vai morrer!”

Começou a falar consigo mesmo sobre a VERDADE, somente a verdade, nada mais que a verdade. Abriu seu coração sem medo, confessou tudo que com suas próprias mãos colocava a desculpa para não ser, não fazer e não viver diante de DEUS. Viu a desculpa agonizando diante dele, e sepultou-a ali mesmo, sem caixão, sem velas, nem flores, nem tampouco coroas. Levantou, e percebeu que seu mesmtre o abraçava, e que sorrindo o conduzia.

- Mestre! Quero viver sem me dar desculpas, não quero mais me enganar.

O Mestre sorriu mansamente em sinal de aprovação. Saíram juntos, caminhando lado a lado falando sobre a vida e sonhos futuros. No cemitério do esquecimento da alma, tinha uma lápide cujo nome era o seu.

Cleidson Pedrosa