segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cinco arrastões em 48 horas no Rio

A recente onda de arrastões que atormentam moradores do Rio são sintomas de uma cidade doente. Patologia do descaso de anos de políticas de segurança pública voltadas para o "cartão postal" ao invés da pessoa, do morador.
É importante dizer que as UPPs são importantes a medida que resgatam a presença do Estado sobre seu próprio território. No entanto essa presença chega com, pelo menos,  quatro décadas de atraso , abrindo assim uma janela para a diversificação das atividades do crime que "organizado" vai se alastrando pela baixada e interior. A esta altura a "empresa do crime precisa encontrar outras oportunidades de emprego para sua mão de obra".
Outro fator alarmante é a invasão das milícias que já ocupam 70% das áreas pobres do Rio, indicativo que as frentes oficiais não são capazes de atingir a cidade como um todo e sim blocos que hoje se restringem ao assim chamado corredor de segurança Zona Norte - Zona Sul. Enquanto isso Campo Grande não é tratado como  um bairro, mas uma cidade do Mato Grosso do Sul. Duque de Caxias não é uma cidade do Grande Rio, mas um general do passado. Assim segue a vida na capital dos esportes.

2 comentários:

  1. E a falsa sensação de paz nos arredores de comunidades "pacificadas" só intensifica a ironia que são as ações da polícia em combate aos ataques promovidos por bandidos longe do corredor de segurança...

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  2. Meu ponto é que as UPPs são válidas, mas chegam com um atraso imenso. As conseqüências disso ainda viveremos no futuro.

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